Atualmente os medicamentos mais utilizados em pacientes com altos níveis de LDL são as estatinas, como a sinvastatina ou rosuvastatina, por exemplo. Apesar de ser um tratamento seguro, o uso dessas medicações está relacionado a casos frequentes de mialgia além de aumento de marcadores de lesão hepática como TGO e TGP, por exemplo.
Pensando nisso, uma série de compostos alternativos vêm sendo estudados para utilização no tratamento de pacientes com LDL elevado. Dentre essa esses compostos, temos a Levedura de Arroz Vermelho como uma daquelas com maior potencial terapêutico.
Ensaios clínicos e metanálises já nos mostraram que essa alternativa é eficaz em diminuir os níveis de LDL, mas surge o questionamento:
A levedura de Arroz vermelho é capaz de diminuir o risco cardiovascular, assim como as estatinas?
Para responder a essa pergunta, Sungthong e sua equipe elaboraram uma metanálise que revisou uma série de estudos que avaliaram a eficácia da levedura de arroz vermelho na dose de 1200 mg/dia em diminuir desfechos cardiovasculares em pacientes pós IAM com hipercolesterolemia limítrofe. A conclusão do estudo foi que além de diminuir os níveis de LDL, a suplementação também foi capaz de diminuir a incidência de eventos e do risco cardiovascular.
Sabendo que a levedura de arroz vermelho vem se provando eficaz, surge a necessidade de avaliar se o seu uso é também seguro; e, além disso, compreender se os efeitos adversos são menores que os encontrados nas estatinas.
Para encontrar essa resposta, Fogaccia e sua equipe avaliaram em sua meta-análise 53 ensaios clínicos com uma amostra de mais de 8.500 pacientes. O estudo concluiu que a terapia é segura e muito bem tolerada, inclusive durante longos períodos de tratamento.
Além disso, um ponto notório que se comprovou é que diferente das estatinas, a levedura de arroz vermelho não está associada com aumento da incidência de efeitos adversos musculares. Pelo contrário, o estudo sugeriu que o nutracêutico em questão atua de forma protetora nesses sintomas.
Diante disso, os estudos nos mostram que essa terapêutica alternativa pode ser utilizada para tratar a dislipidemia em população geral com risco de doença cardiovascular, especialmente em pacientes intolerantes a estatinas.
Você já conhecia essa opção nos casos de dislipidemia? Comenta aqui embaixo o que achou!
Referências
DOI: 10.1016/j.phrs.2019.02.028