- A tirzepatida tem se destacado como uma promissora opção terapêutica para o tratamento do diabetes tipo 2. Uma metanálise recente, envolvendo 7 estudos com um total de 6609 participantes, oferece uma visão detalhada sobre os efeitos dessa medicação.
- Dados Demográficos
- Os participantes tinham uma média de idade de 58 anos, peso médio de 91,5 kg e uma HbA1c média de 66,47 mmol/mol (8,2%).
- Redução dos Níveis de HbA1c
- A eficácia glicêmica da tirzepatida foi avaliada em comparação com placebo e outros tratamentos, como GLP-1 agonistas e insulina basal. Os resultados mostraram reduções significativas nos níveis de HbA1c:
- Tirzepatida 5 mg: Redução de 17,71 mmol/mol (1,62%)
- Tirzepatida 15 mg: Redução de 22,35 mmol/mol (2,06%)
- Comparada aos GLP-1 agonistas, a tirzepatida mostrou reduções adicionais:
- Tirzepatida 5 mg: Redução de 3,22 mmol/mol (0,29%)
- Tirzepatida 10 mg: Redução de 7,11 mmol/mol (0,65%)
- Tirzepatida 15 mg: Redução de 10,06 mmol/mol (0,92%)
- A tirzepatida também superou a insulina basal, com reduções médias variando de 7,66 mmol/mol (0,70%) a 12,02 mmol/mol (1,09%).
- Controle do Peso Corporal
- As reduções no peso corporal foram dose-dependentes e significativas:
- Tirzepatida 5 mg: Redução média de 6,31 kg
- Tirzepatida 10 mg: Redução média de 8,43 kg
- Tirzepatida 15 mg: Redução média de 9,36 kg
- Em comparação aos GLP-1 agonistas, a tirzepatida induziu reduções de peso adicionais, variando de 1,68 kg a 7,16 kg. A probabilidade de alcançar uma perda de peso de pelo menos 5%, 10% ou 15% foi significativamente maior com tirzepatida em todas as doses testadas.
- Hipoglicemia
- A incidência de hipoglicemia (glicose plasmática ≤3,9 mmol/L) com a tirzepatida não diferiu significativamente em comparação ao placebo. No entanto, foi menor em comparação com a insulina basal, com odds ratios variando de 0,17 a 0,25 dependendo da dose.
- Conclusão
- A tirzepatida demonstra ser uma opção eficaz para o controle glicêmico e a perda de peso em pacientes com diabetes tipo 2. Suas vantagens sobre outros tratamentos, como GLP-1 agonistas e insulina basal, a tornam uma alternativa promissora para a gestão dessa condição crônica.
- Referência
- DOI: 10.1007/s00125-022-05715-4