Guia Prático para Elaboração de Laudo de MAPA 24h (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial)

Este guia técnico-didático, voltado a médicos especialistas, descreve passo a passo como elaborar um laudo de MAPA de 24 horas de acordo com as Diretrizes Brasileiras de Cardiologia – em especial a Diretriz de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). O objetivo é assegurar padronização, qualidade e clareza na interpretação do exame. Critérios de Qualidade Técnica do Exame Para que o exame de MAPA 24h seja válido e interpretável, ele deve atender a critérios mínimos de qualidade técnica: Valores de Referência e Pontos de Corte do MAPA 24h As diretrizes estabelecem valores de referência específicos para as médias de pressão arterial obtidas no MAPA, diferentes dos valores de consultório, para definir normalidade ou hipertensão arterial. Os pontos de corte para hipertensão no MAPA de 24h (valor médio igual ou acima do limite) são os seguintes: Esses limites correspondem aos valores a partir dos quais considera-se anormal a pressão arterial medida por MAPA, equivalendo aproximadamente a pressão de consultório de 140/90 mmHg em termos de riscopmc.ncbi.nlm.nih.gov. Em outras palavras, se a média das 24h for ≥130/80, ou a média diurna for ≥135/85, ou a média noturna for ≥120/70, o exame sugere hipertensão arterial pelo MAPA (pressão elevada fora do consultório). Valores abaixo desses limiares indicam normotensão no respectivo período. Algumas observações importantes sobre os valores de referência: Avaliação do Padrão de Descenso Noturno (Padrão Dipper) Um dos aspectos exclusivos fornecidos pelo MAPA é o padrão de descenso noturno da pressão arterial, isto é, a variação da PA média entre o dia e a noite. Para avaliá-lo, comparamos a média da PA durante a vigília com a média durante o sono, geralmente calculando a redução percentual durante o sono em relação ao período diurnoabccardiol.org. De acordo com as diretrizes, o comportamento circadiano da PA é classificado da seguinte forma: Para calcular essas porcentagens, considera-se tipicamente a pressão sistólica, embora possa-se avaliar também a diastólica. Importante notar que os padrões de descenso de PAS e PAD nem sempre coincidem – por exemplo, um paciente pode ter descenso normal da PAS, mas atenuado da PAD. Nesses casos, as diretrizes orientam descrever separadamente o comportamento de cada componente da PA no laudoabccardiol.org. Do ponto de vista clínico, o padrão de descenso noturno traz informações prognósticas significativas: a ausência de descenso (ou elevação) está associada a maior risco de eventos cardiovasculares e mortalidade, independente dos valores médios de PAabccardiol.org. Assim, pacientes non-dippers ou com padrão invertido tendem a ter pior prognóstico em estudos populacionais. Por outro lado, um descenso extremamente acentuado (>20%) em pacientes idosos também já foi relacionado a maior risco (por exemplo, maior propensão a hipotensão no período noturno e eventos isquêmicos)abccardiol.org. De qualquer forma, as categorias de descenso servem principalmente como marcadores de risco, não havendo evidência de que devam guiar ajustes terapêuticos específicosabccardiol.org – isto é, não se recomenda medicar um paciente apenas para mudar o padrão de dipper/nondipper, pois não há implicação terapêutica comprovada desse achadoabccardiol.org. No laudo, deve-se relatar o padrão encontrado, por exemplo: “Presente descenso fisiológico da PA no sono (padrão dipper, queda de ~15% na PAS média noturna)” ou “Ausência de descenso noturno da PA (padrão não-dipper)”. Isso informa ao médico assistente se o paciente perde a queda noturna esperada. Sempre contextualize com a qualidade do sono reportada – um paciente que referiu sono muito ruim ou interrompido durante o exame pode apresentar um falso padrão não-dipper devido à ativação simpática, e isso merece comentário no laudo. Variabilidade da PA, Carga Pressórica e Fenômenos do Avental Branco/Mascarada Além das médias e do padrão circadiano, o MAPA fornece outros parâmetros e possibilita identificar fenômenos clínicos especiais. A seguir, explicamos como abordar cada um deles no laudo. Variabilidade da Pressão Arterial A variabilidade da PA refere-se ao grau de flutuação dos valores pressóricos ao longo do período monitorado. No MAPA 24h, costuma-se avaliar a variabilidade de curto prazo, ou seja, as oscilações batimento a batimento não são medidas, mas podemos observar a variação entre medidas consecutivas ou calcular o desvio-padrão das pressões sistólica e diastólica durante o dia e a noiteabccardiol.org. Estudos indicam que uma variabilidade diurna aumentada da PAS pode associar-se a maior mortalidade cardiovascularabccardiol.org. No entanto, as diretrizes ressaltam que falta padronização para quantificar a variabilidade no MAPA e não existem pontos de corte estabelecidos para definir variabilidade “normal” ou “excessiva”abccardiol.org. Consequentemente, não se recomenda utilizar rotineiramente índices de variabilidade na interpretação clínica do MAPAabccardiol.org. Como relatar então a variabilidade? Em geral, de forma qualitativa. Pode-se mencionar se a pressão apresentou-se estável ou muito lábil. Por exemplo: “Observa-se importante variabilidade das medidas pressóricas, com oscilações amplas entre as leituras (PAS variando de 110 a 180 mmHg ao longo do dia)”. Caso contrário, se os valores se mantiveram relativamente homogêneos, pode-se dizer “pressão arterial com variabilidade dentro do esperado”. Se o equipamento fornecer os desvios-padrão das médias, esses podem ser incluídos entre parênteses como informação adicional, mas lembrando que não há um “valor normal” formal para desvio-padrão da PA estabelecido. Assim, use a apreciação clínica: variabilidade extrema pode ser sinal de controle inadequado, hiper-reatividade ou fatores externos (atividade física, estresse, etc.) que devem ser correlacionados com o diário do paciente. Carga Pressórica A carga pressórica representa a porcentagem de leituras durante o MAPA que ultrapassam os limites de normalidade para aquele período (24h, diurno ou noturno)abccardiol.org. Em outras palavras, é a “carga” de pressão elevada ao longo do dia/noite. Por exemplo, se de 50 medidas diurnas, 20 foram ≥135/85 mmHg, a carga pressórica diurna é de 40%. No laudo, é útil reportar a carga pressórica sistólica e diastólica, pois complementa a análise da média. Valores altos de carga significam que a PA ficou elevada por boa parte do tempo. Historicamente, considerava-se carga > 30% como sugestiva de hipertensão clinicamente significativa. As diretrizes atuais, porém, apontam que a carga pressórica correlaciona-se fortemente com a PA média e não adiciona muito na estratificação de risco em relação às médiasabccardiol.orgabccardiol.org. Ou seja, pacientes com médias muito altas naturalmente terão carga alta, e vice-versa. Ainda assim, citar a carga pressórica no

Qual a Diferença entre TRN e TAV? Entenda o Papel da Via Acessória

Quando o assunto são taquicardias supraventriculares, dois dos diagnósticos mais comuns na prática clínica são a Taquicardia por Reentrada Nodal (TRN) e a Taquicardia Atrioventricular por Reentrada (TAV ou AVRT). Ambas cursam com QRS estreito e ritmo regular, ambas são reentrantes, mas há uma diferença fundamental entre elas: o envolvimento de vias acessórias. E é aqui que começa a confusão. Neste artigo, você vai entender a diferença entre via acessória verdadeira e duas vias nodais, e por que TRN não tem via acessória anatômica, mesmo que algumas aulas possam dar a entender o contrário. O que é TRN? A Taquicardia por Reentrada Nodal (TRN) é causada por uma reentrada que ocorre inteiramente dentro do nó atrioventricular (nó AV). O que existe aqui são duas vias funcionais dentro do próprio nó: Durante uma extrassístole atrial, por exemplo, a via rápida ainda pode estar refratária, obrigando o impulso a descer pela via lenta e subir pela via rápida, completando um circuito de reentrada. Esse looping perpetua a taquicardia. Importante: essas duas vias não são anatômicas ou independentes do sistema de condução. Elas são variações funcionais do próprio nó AV. Por isso, a TRN não é causada por uma via acessória anatômica verdadeira. E o que é TAV/AVRT? A Taquicardia Atrioventricular por Reentrada (TAV ou AVRT), por outro lado, é caracterizada por um circuito de reentrada que envolve duas estruturas distintas: Essa via acessória pode ser: Durante a taquicardia, o impulso desce por uma estrutura (geralmente o nó AV) e sobe pela outra (a via acessória), completando um circuito. Esse mecanismo pode gerar: A confusão: TRN tem ou não tem via acessória? A resposta correta é: não tem — pelo menos não no sentido clássico de via acessória anatômica. É verdade que a TRN envolve duas vias, e por isso, alguns professores ou livros podem se referir informalmente a uma “via acessória nodal”. Mas isso não significa que haja uma estrutura anatômica extra ligando o átrio ao ventrículo, como acontece nas vias acessórias da AVRT. Em resumo: TRN TAV / AVRT Via acessória anatômica ❌ Não ✅ Sim Local da reentrada Dentro do nó AV Entre nó AV e via acessória ECG típico RP < 70 ms, P sobre o QRS Pode ter onda delta em ritmo sinusal (WPW), ou RP longo Prognóstico Geralmente benigno Pode ter risco em FA com pré-excitação Como Diferenciar TRN e TAV/AVRT pelo ECG? Tanto a TRN quanto a TAV (AVRT) costumam se apresentar como taquicardias supraventriculares com QRS estreito e ritmo regular. Mas há diferenças sutis e importantes que ajudam a distingui-las: 1. Intervalo RP (tempo entre o início do QRS e a onda P) Situação TRN AVRT ortodrômica Intervalo RP Curto (< 70 ms) Mais longo (> 70 ms, geralmente 90–150 ms) Motivo A onda P está embutida no QRS ou logo após A condução retrógrada pela via acessória demora mais 2. Onda P retrógrada 3. Presença de onda delta em ritmo sinusal 4. Morfologia do QRS Resumo prático para o ECG: Critério TRN AVRT (ortodrômica) QRS Estreito Estreito Ritmo Regular Regular Onda P Sobreposta ou logo após QRS Após QRS, visível, RP longo Intervalo RP < 70 ms > 70 ms (geralmente 90–150 ms) Pseudo-R em V1 / Pseudo-S Frequente Incomum Onda delta no ritmo sinusal Ausente Pode estar presente (WPW) Via acessória Não anatômica (intranodal) Sim, anatômica (extra-nodal) Dica clínica importante: Conclusão Entender a diferença entre TRN e AVRT é essencial para o diagnóstico correto e para o tratamento adequado. A principal chave é lembrar que: Essa distinção influencia diretamente a interpretação do ECG, a indicação de medicamentos, e até mesmo a decisão por ablação. Em caso de dúvida, o estudo eletrofisiológico pode confirmar o mecanismo.

Taquicardia por Reentrada Nodal (TRN): Diagnóstico, Fisiopatologia e Tratamento

A taquicardia por reentrada nodal (TRN) é uma das formas mais comuns de taquicardia supraventricular paroxística (TSVP). Caracteriza-se por episódios súbitos de palpitação e geralmente acomete mulheres jovens, com bom prognóstico na ausência de cardiopatia estrutural. Seu reconhecimento no eletrocardiograma (ECG) e manejo adequado são fundamentais na prática clínica. Características Eletrocardiográficas da TRN O eletrocardiograma de repouso durante o episódio é a principal ferramenta diagnóstica. As principais características incluem: Essas alterações refletem a ativação simultânea dos átrios e ventrículos durante o circuito de reentrada no nó atrioventricular. Quadro Clínico Os sintomas da TRN são geralmente benignos e autolimitados, embora causem desconforto significativo ao paciente: Fisiopatologia da TRN A base da TRN é a presença de dupla via nodal dentro do nó atrioventricular: Durante uma extrassístole atrial precoce: Variante: TRN Incomum Em uma variante menos comum: Tratamento Agudo da TRN O objetivo no manejo agudo é interromper o circuito de reentrada: 1. Manobras vagais 2. Adenosina 3. Medicações EV em caso de falha Tratamento Crônico O manejo de longo prazo visa reduzir recidivas e melhorar a qualidade de vida. 1. Beta-bloqueadores 2. Bloqueadores dos canais de cálcio 3. Outras opções em casos refratários Ablação por Cateter A ablação com radiofrequência é o tratamento definitivo e curativo na maioria dos casos. Indicações: A taxa de sucesso da ablação da TRN ultrapassa 95%, com baixo risco de complicações quando realizada por equipe experiente. Considerações Finais A taquicardia por reentrada nodal é uma arritmia supraventricular comum, de evolução benigna, mas que impacta significativamente a qualidade de vida dos pacientes. O diagnóstico clínico e eletrocardiográfico é essencial para o tratamento adequado. Em casos sintomáticos frequentes ou refratários, a ablação por cateter representa uma solução curativa segura e eficaz. Palavras-chave para SEO: taquicardia por reentrada nodal, TRN, arritmia supraventricular, ECG TRN, adenosina, ablação por cateter, tratamento da TRN, taquicardia paroxística, sinal do frog, pseudo-S, pseudo-R.

Extrassístoles Ventriculares: Diagnóstico, Causas e Tratamento Atualizado

As extrassístoles ventriculares (EVs) são arritmias frequentes na prática clínica, caracterizadas por batimentos prematuros originados nos ventrículos. Elas podem ser benignas ou sinalizar doenças cardíacas estruturais, e sua correta abordagem depende de fatores clínicos, funcionais e eletrocardiográficos. Formas de Apresentação das Extrassístoles Ventriculares As EVs podem ocorrer de diferentes formas: Quadro Clínico A apresentação clínica varia de acordo com a frequência, morfologia e presença de cardiopatia subjacente. Os sintomas mais comuns incluem: Características Funcionais e Avaliação Inicial A resposta das extrassístoles ao esforço físico é um dado clínico relevante: Principais Causas de Extrassístoles Ventriculares As EVs podem ser desencadeadas por diversas condições clínicas e fisiológicas, incluindo: Quando Tratar as Extrassístoles Ventriculares? Nem todo paciente com EVs exige tratamento. A decisão terapêutica deve considerar: Tratamento das Extrassístoles Ventriculares 1. Beta-Bloqueadores (Tratamento de Primeira Linha) Indicado para pacientes sintomáticos e com extrassístoles frequentes, especialmente em casos sem cardiopatia grave. Opções incluem: 2. Amiodarona Utilizada apenas em casos refratários ao tratamento convencional. Possui maior eficácia, mas também maior risco de efeitos colaterais. Ablação por Cateter Indicada para extrassístoles ventriculares monomórficas que: Em casos de extrassístoles polimórficas, o foco deve ser em reabilitação cardíaca com treinamento físico supervisionado. Extrassístoles Originadas da Via de Saída do Ventrículo Direito (VD) As extrassístoles com origem na via de saída do VD têm um padrão eletrocardiográfico típico: Quando frequentes, é essencial investigar displasia arritmogênica do ventrículo direito (DAVD), uma condição potencialmente grave. Exames para Diagnóstico de DAVD: Considerações Finais As extrassístoles ventriculares exigem avaliação individualizada. Em pacientes com coração estruturalmente normal e sem sintomas, muitas vezes não requerem intervenção. No entanto, a presença de sintomas relevantes, cardiopatia associada ou alta densidade de EVs impõe investigação mais aprofundada e, eventualmente, tratamento farmacológico ou ablação. Palavras-chave para SEO: extrassístoles ventriculares, arritmias cardíacas, palpitação, tratamento da EV, beta-bloqueadores, amiodarona, ablação cardíaca, displasia arritmogênica do ventrículo direito, ECG, Holter, morte súbita.

Classificação de Vaughan-Williams: Entenda os Tipos de Antiarrítmicos

A classificação de Vaughan-Williams é um sistema tradicional utilizado para categorizar os medicamentos antiarrítmicos com base no seu principal mecanismo de ação sobre o potencial de ação cardíaco e sobre o sistema de condução elétrica do coração. Desenvolvida nos anos 1970 por Miles Vaughan Williams, essa abordagem ainda é amplamente adotada na prática clínica, embora com algumas atualizações e críticas. O Que é a Classificação de Vaughan-Williams? Essa classificação divide os antiarrítmicos em quatro classes principais, numeradas de I a IV, com subclasses na classe I (Ia, Ib e Ic). Posteriormente, foi adicionada uma quinta categoria, conhecida como classe V, que inclui drogas com mecanismos diversos. O objetivo principal dessa divisão é facilitar a escolha do medicamento ideal de acordo com o tipo de arritmia, levando em consideração os efeitos eletrofisiológicos de cada fármaco. Quadro Resumo: Classes de Antiarrítmicos e Seus Efeitos Classe Mecanismo de Ação Exemplos Efeitos Principais Classe I Bloqueadores dos canais de sódio Lidocaína, Propafenona, Flecainida Reduzem a velocidade de condução elétrica Ia Bloqueio moderado de Na+ e bloqueio de K+ Quinidina, Procainamida Prolongam o potencial de ação Ib Bloqueio leve dos canais de sódio Lidocaína, Mexiletina Encurtam o potencial de ação Ic Bloqueio intenso dos canais de sódio Flecainida, Propafenona Ação potente na condução sem alterar a repolarização Classe II Beta-bloqueadores (antagonistas β-adrenérgicos) Propranolol, Metoprolol, Atenolol Reduzem o automatismo e a condução atrioventricular Classe III Bloqueadores dos canais de potássio Amiodarona, Sotalol, Dofetilida Prolongam a repolarização e o intervalo QT Classe IV Bloqueadores dos canais de cálcio (não diidropiridínicos) Verapamil, Diltiazem Reduzem a condução no nó AV e diminuem a contratilidade Classe V Mecanismos diversos Adenosina, Digoxina, Ivabradina Atuam seletivamente no nó sinusal ou AV Importância Clínica da Classificação A classificação de Vaughan-Williams é amplamente utilizada para orientar a escolha terapêutica no tratamento de arritmias cardíacas, como fibrilação atrial, taquicardias supraventriculares e taquicardias ventriculares. Apesar da sua utilidade prática, esse sistema possui algumas limitações: Considerações Finais Embora não seja perfeita, a classificação de Vaughan-Williams continua sendo uma ferramenta valiosa no ensino e na prática da cardiologia. Conhecer suas classes e limitações permite um uso mais consciente dos antiarrítmicos, otimizando o tratamento das arritmias e minimizando os riscos associados a essas terapias. Palavras-chave para SEO: antiarrítmicos, classificação de Vaughan-Williams, classes de antiarrítmicos, arritmia cardíaca, tratamento da fibrilação atrial, betabloqueadores, amiodarona, bloqueadores de canais de cálcio, bloqueadores de sódio, medicamentos para arritmia.

Ultrassonografia Pode Prever Tendinopatias?

A dor nos tendões, como a tendinite patelar (“joelho do saltador”) ou a tendinopatia do tendão de Aquiles, é um problema comum entre atletas e praticantes de atividade física. Mas seria possível prever o surgimento dessa dor antes que ela aconteça, apenas com um exame de imagem? Um estudo publicado em 2025 na Clinical Journal of Sport Medicine avaliou exatamente isso: se alterações na ultrassonografia (US) de tendões assintomáticos poderiam antecipar o risco de dor futura. A resposta é sim — com algumas considerações importantes. O Estudo: O Que Foi Avaliado? Os pesquisadores analisaram 16 estudos prospectivos com mais de 1900 tendões (810 de Aquiles e 1156 patelares) de atletas que não tinham dor no momento do exame. A ultrassonografia foi usada para identificar alterações estruturais, como espessamento, áreas hipoecoicas e neovascularização — características típicas de tendinopatia. Esses atletas foram acompanhados por semanas ou até anos, para avaliar se desenvolveriam sintomas. Principais Resultados Ou seja, a presença de alterações estruturais na US aumenta significativamente o risco de dor futura, mesmo que o atleta esteja sem sintomas. Mas Nem Todo Tendão Alterado Vai Doer Apesar do risco aumentado, o estudo trouxe um alerta importante: a maioria dos tendões com alterações permaneceu assintomático. Veja os números: Tendão Valor Preditivo Positivo (VPP) Valor Preditivo Negativo (VPN) Patelar 27,2% 93,5% Aquiles 27,2% 92,0% Isso significa que: Implicações para Atletas e Profissionais da Saúde A ultrassonografia pode ser uma ferramenta útil para identificar atletas com maior risco, especialmente em esportes de alta carga como o vôlei ou o futebol. No entanto, não se justifica rastrear todos os atletas de forma indiscriminada, já que a maioria dos tendões alterados não irá apresentar dor. Além disso, não há evidências sólidas de que intervenções (como fortalecimento excêntrico) realmente previnam a dor quando feitas com base apenas nesses achados. O Que Fazer na Prática? Referência: Cushman DM, Vomer R, Teramoto M, et al. Sonographic Assessment of Asymptomatic Patellar and Achilles Tendons to Predict Future Pain: A Systematic Review and Meta-analysis. Clin J Sport Med. 2025;35(1):13–22. DOI: 10.1097/JSM.0000000000001236

Como interpretar uma Espirometria

Critérios Técnicos de Qualidade do Exame Antes de interpretar os números, é fundamental verificar se a espirometria foi tecnicamente adequada. Isso envolve avaliar dois aspectos principais: Dica: No laudo, deve-se mencionar a qualidade do exame, por ex.: “Espirometria de boa qualidade técnica (manobras aceitáveis e reproduzíveis) dentro dos critérios ATS/ERS/SBPT.” Se a qualidade for subótima (ex.: cooperação limitada, variabilidade alta), isso deve ser registrado, pois resultados podem não refletir fielmente a função pulmonar. Parâmetros Espirométricos Básicos Analisados Uma espirometria avalia volumes e fluxos pulmonares. Os parâmetros básicos que constam no laudo e seus significados são: * Nota: LLN (Lower Limit of Normal) – Limite Inferior da Normalidade – corresponde ao valor abaixo do qual apenas 5% da população saudável apresentaria resultados. Por isso, usar LLN é mais preciso do que utilizar um corte fixo de 80% do previsto para normalidadescielo.br. Valores ligeiramente abaixo do LLN devem ser interpretados com cautela e contexto clínico, pois até 5% dos saudáveis podem cair abaixo desse limitescielo.br. Etapas da Interpretação Espirométrica A interpretação deve seguir uma sequência lógica conforme diretrizes nacionais (SBPT) e internacionais (ATS/ERS)scielo.br: Principais Padrões Espirométricos e seus Critérios Para sintetizar os critérios diagnósticos dos padrões encontrados na espirometria, a tabela a seguir resume os achados chave conforme as diretrizes: Padrão Critérios Espirométricos Normal VEF₁, CVF e relação VEF₁/CVF dentro dos limites da normalidade (≥ LLN). Valores típicos ≥ 80% do previsto (ajustado para idade, sexo, altura)thoracic.org. Curva fluxo-volume com pico único e declínio linear suave. Obstrutivo VEF₁/CVF < LLN (ou < 0,70 fixo, critério GOLD) indicando limitação ao fluxo aéreoscielo.br. VEF₁ geralmente reduzido. CVF pode estar normal em obstrução leve, mas tende a reduzir em obstruções moderadas/graves devido ao esvaziamento incompletoscielo.br. Curva fluxo-volume com concavidade expiratória típica (fluxo reduzido especialmente no fim da expiração). Restritivo CVF < LLN com VEF₁/CVF normal ou elevadoscielo.br. Sugere redução dos volumes pulmonares (possível restrição). Confirmar com CPT < LLN em pletismografia para diagnóstico definitivoscielo.br. VEF₁ reduzido aproximadamente na mesma proporção que a CVF (FEV1% pred ~ FVC% pred). Curva fluxo-volume geralmente estreitada em amplitude, sem concavidade marcada. Misto VEF₁/CVF < LLN e CVF < LLN simultaneamente. Indica componente obstrutivo e restritivo no mesmo exame. Requer investigação de volumes pulmonares para confirmar restrição real vs. obstrução grave com aprisionamentoscielo.br. A curva fluxo-volume pode mostrar redução global de fluxos e volumes. Nota: O uso do LLN (limite inferior) baseado em equações de referência nacionais é preferível para evitar erros de classificação por idadescielo.br. O critério fixo de VEF₁/CVF < 0,70 (GOLD) é simples, porém pode subdiagnosticar obstrução em jovens e sobrediagnosticar em idososscielo.br. Por isso, ATS/ERS desde 2005 e a SBPT recomendam LLN para definir obstruçãoscielo.br. No Brasil, devem-se usar valores de referência validados para nossa população (ex.: Pereira et al., 2007)scielo.brscielo.br, indicados no laudo. Estrutura e Linguagem Recomendada do Laudo Um laudo de espirometria deve ser claro, conciso e informativo, de forma que o médico solicitante entenda rapidamente os achados. A seguir, sugerimos uma estrutura típica e exemplos de linguagem: Exemplo de Laudo na Prática:Espirometria de boa qualidade técnica. CVF = 3,0 L (70% do previsto), VEF₁ = 2,1 L (60% do prev), relação VEF₁/CVF = 0,70 (LLN = 0,75). Conclusão: Prova ventilatória com distúrbio obstrutivo moderado (VEF₁ 60% do previsto, VEF₁/CVF abaixo do normal). Houve resposta broncodilatadora positiva (↑VEF₁ de 18% e 250 mL), compatível com reversibilidade do fluxo aéreo.thoracic.org  Esse modelo de laudo demonstra todos os elementos: qualidade, resultados numéricos com % do previsto, interpretação do padrão e gravidade, e informações sobre broncodilatador. A linguagem deve ser objetiva e em termos padronizados (distúrbio obstrutivo/restritivo, leve/moderado/grave, resposta significativa etc.), conforme as diretrizes. Assim, o médico que solicitou o exame consegue entender rapidamente a função pulmonar do paciente e quais próximos passos seguir (tratamento broncodilatador, investigação complementar de volumes, etc.), baseando-se em um laudo claro e tecnicamente embasado pelas recomendações vigentesscielo.brscielo.br.  Referências: Diretrizes SBPT 2024scielo.brscielo.brscielo.br; Padrões ATS/ERSthoracic.orgthoracic.orgthoracic.org, entre outras, conforme citadas ao longo do texto. Todas as recomendações devem ser integradas ao contexto clínico do paciente para uma interpretação adequada dos resultadosscielo.br. Citações SciELO Brazil – New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 update New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 update https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/?lang=ptSciELO Brazil – New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 update New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 updatehttps://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/?lang=pthttps://www.thoracic.org/professionals/career-development/ats-virtual-network/resources/2021-rbc-pft-interpretation-card.pdfhttps://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/?format=pdf&lang=enSciELO Brazil – New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 update New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 updatehttps://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/?lang=pthttps://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/?format=pdf&lang=enhttps://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/?format=pdf&lang=enhttps://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/?format=pdf&lang=enSciELO Brazil – New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 update New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 updatehttps://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/SciELO Brazil – New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 update New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 updatehttps://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/?format=pdf&lang=enSciELO Brazil – New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 update New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 updatehttps://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/https://www.thoracic.org/professionals/career-development/ats-virtual-network/resources/2021-rbc-pft-interpretation-card.pdfSciELO Brazil – New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 update New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 updatehttps://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/?lang=ptSciELO Brazil – New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 update New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 updatehttps://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/?lang=ptSciELO Brazil – New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 update New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 updatehttps://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/?lang=pthttps://www.thoracic.org/professionals/career-development/ats-virtual-network/resources/2021-rbc-pft-interpretation-card.pdfSciELO Brazil – New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 update New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 updatehttps://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/?lang=pthttps://www.thoracic.org/professionals/career-development/ats-virtual-network/resources/2021-rbc-pft-interpretation-card.pdfhttps://www.thoracic.org/professionals/career-development/ats-virtual-network/resources/2021-rbc-pft-interpretation-card.pdfSciELO Brazil – New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 update New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 updatehttps://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/SciELO Brazil – New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 update New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 updatehttps://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/SciELO Brazil – New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 update New spirometry recommendations from the Brazilian Thoracic Association – 2024 updatehttps://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/83VrJwhFpKGNVnPgjpgJxvK/?format=pdf&lang=en

Teste online: Quais são os maiores sabotadores da sua dieta?

Você já percebeu que, por mais motivado que esteja ao iniciar uma dieta, alguns comportamentos acabam sabotando seu progresso ao longo do tempo? Isso é muito mais comum do que parece! O sucesso no emagrecimento não depende apenas de disciplina ou força de vontade, mas também de identificar quais situações ou emoções funcionam como verdadeiras armadilhas no seu dia a dia. Pensando nisso, apresento o Questionário das Armadilhas da Dieta — uma ferramenta prática, baseada em evidências comportamentais, para mapear de forma personalizada quais são os pontos críticos que mais prejudicam sua adesão à dieta. Com perguntas rápidas e diretas, o questionário avalia diferentes áreas da sua rotina: estresse, emoções, influência de outras pessoas, festas, viagens, questões familiares, entre outras. Ao finalizar, você visualiza os resultados em um gráfico de pizza colorido e intuitivo, que mostra claramente quais áreas merecem maior atenção. Como funciona? Responda cada questão, marcando a alternativa que melhor descreve seu comportamento atual. Clique em “Avaliar” para gerar automaticamente o gráfico, que mostra o percentual de cada armadilha no seu perfil. Se desejar, utilize o botão “Copiar para prontuário” para gerar um resumo completo e colar no seu registro clínico, acompanhamento nutricional ou até compartilhar com seu profissional de saúde. Por que fazer esse teste? Autoconhecimento: Descubra, de forma objetiva, onde estão os maiores desafios para o seu sucesso. Personalização do tratamento: Profissionais de saúde podem utilizar o resultado para propor estratégias mais assertivas e eficazes. Evolução contínua: Refaça o teste periodicamente e acompanhe sua evolução ao longo do tempo. Praticidade: Tudo online, rápido, visual e fácil de compartilhar. Se você quer transformar seu processo de emagrecimento e parar de cair nas mesmas armadilhas, faça agora o teste e leve mais consciência para o seu dia a dia! Armadilhas da Dieta – Avaliação Visual Preencha as respostas do paciente. Clique em “Avaliar” para ver o gráfico que mostra onde estão as maiores demandas. Estresse 1. Com que frequência você tende a comer para relaxar depois de um dia estressante? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre 2. Com que frequência recorre à comida de lanchonete ou a opções alimentares menos saudáveis e de mais fácil acesso quando está estressado? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre 3. Com que frequência tende a dizer a si mesmo: “Estou ocupado demais para fazer dieta agora”? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre Comilança emocional 4. Com que frequência você tende a comer quando está sofrendo? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre 5. Com que frequência tende a comer mais do que devia quando está cansado, entediado ou adiando algo que tem de fazer? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre 6. Com que frequência tende a pensar “Comer é a única coisa que me faz sentir melhor” ou “Se eu estou sofrendo, mereço comer”? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre Insistência alheia 7. Com que frequência você tende a dizer a si mesmo: “Tenho de comer, pois não quero ser mal-educado”? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre 8. Com que frequência tende a ceder à pressão quando as pessoas o instam a comer ou beber mais do que devia? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre 9. Com que frequência tende a sentir que não tem o direito de recusar comida que não faz parte do seu plano alimentar? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre 10. Com que frequência você tende a comer demais quando a família o aborrece? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre Problemas familiares 11. Com que frequência tende a sair do plano alimentar durante refeições ou reuniões em família? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre 12. Com que frequência tende a querer contentar sua família em vez de fazer o que tem de fazer para perder peso (por exemplo, manter em casa alimentos de “alto risco”, fazer concessões para poder comer junto com todos, guardar você mesmo as sobras)? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre Viagens e comer fora 13. Com que frequência você tende a ir a um restaurante ou a um evento sem planejar com antecedência o que vai comer? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre 14. Com que frequência tende a suspender completamente a dieta quando viaja em férias? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre 15. Com que frequência tende a comer ou beber demais em reuniões sociais? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre Festas 16. Com que frequência você tende a encarar as festas como “momentos em que não se faz dieta”? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre 17. Com que frequência tende a dizer a si mesmo: “Vou tornar a prestar atenção na alimentação depois que passar o período de festas de fim de ano?” Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre 18. Com que frequência tende a ganhar mais de 0,5 kg ou 1 kg durante o período de festas de fim de ano? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre Questões psicológicas 19. Com que frequência você tende a se sentir desanimado ou sobrecarregado por causa da dieta? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre 20. Com que frequência tende a ter sensação de privação ou injustiça quando vê o que as outras pessoas estão comendo? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre 21. Com que frequência tende a dizer a si mesmo: “Não admira que não consiga perder peso — estou desmotivado” ou “Não tenho força de vontade”? Nunca Quase nunca De vez em quando Quase sempre Sempre Sair da linha 22. Com que frequência você tende a se criticar ou a deixar de fazer refeições depois de comer demais? Nunca Quase nunca De vez

Anvisa divulga análise de creatinas: veja as marcas aprovadas

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou os resultados de uma ampla análise realizada em suplementos alimentares de creatina comercializados no Brasil. O estudo avaliou 41 produtos de 29 fabricantes diferentes, focando em três aspectos principais: o teor de creatina, a presença de matérias estranhas e a adequação da rotulagem dos produtos. A boa notícia para consumidores e profissionais de saúde é que, quanto ao teor de creatina, praticamente todos os produtos estavam dentro dos parâmetros exigidos pela regulamentação. De acordo com as normas, a quantidade de creatina declarada no rótulo deve ter uma variação máxima de 20% em relação ao valor real, além de atender ao valor de referência de 3.000 mg. Apenas uma marca apresentou teor abaixo do esperado — e, por estar sob investigação administrativa, seu nome ainda não foi divulgado. Outro ponto positivo foi a ausência de matérias estranhas nas amostras analisadas. Todas as creatinas testadas foram consideradas seguras do ponto de vista de pureza do produto, sem a detecção de contaminantes que pudessem representar risco à saúde. Entretanto, o estudo também revelou um grande problema relacionado à rotulagem. Das 41 marcas analisadas, 40 apresentaram algum tipo de erro de informação em seus rótulos. Entre as irregularidades mais frequentes estavam: alegações de propriedades não autorizadas, tabelas nutricionais fora do padrão exigido, falta de informações sobre a frequência de consumo e o número de porções, e ausência da declaração de açúcares totais e adicionados. Esses problemas, embora não representem um risco direto à saúde, dificultam a escolha segura e informada por parte dos consumidores. É importante ressaltar que, mesmo diante dessas falhas de rotulagem, a Anvisa concluiu que não há risco sanitário que exija ações emergenciais de retirada dos produtos do mercado. Contudo, as empresas responsáveis deverão ser notificadas para corrigirem os erros de rotulagem, conforme previsto nas normas vigentes. Entre as marcas analisadas que se destacaram positivamente está a ATLhetica Nutrition, cujo produto Creatine Monohydrate 100% Pure foi aprovado em todos os testes laboratoriais sem nenhuma inconformidade. O estudo faz parte de uma série de ações de monitoramento que buscam garantir a segurança e a qualidade dos suplementos alimentares no Brasil. Além disso, reflete uma possível melhora no controle de qualidade da indústria, quando comparado a levantamentos anteriores. Vale lembrar que a regulamentação dos suplementos alimentares no Brasil foi recentemente atualizada pela RDC 843/2024 e pela IN 281/2024. A partir de setembro de 2025, todos os suplementos, inclusive os que já estavam no mercado antes da publicação das novas regras, precisarão estar devidamente regularizados na Anvisa. Lista de algumas das marcas analisadas: Conclusão: Para o consumidor atento, essa análise reforça a importância de buscar marcas de confiança e se informar corretamente antes de adquirir suplementos. A creatina continua sendo um dos suplementos mais estudados e seguros do mercado, mas a escolha do produto certo é fundamental para garantir eficácia e segurança. Fique atento às atualizações da Anvisa e sempre consulte um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplementação. Link da matéria da Anvisa: https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202504/creatinas-anvisa-divulga-resultados-de-analise-em-suplementos

Cupom DUX Atualizado: Ganhe Desconto com o Código PACGUILHERMEADAMI

Procurando um Cupom de Desconto para a Dux? Utilize meu cupom: PACGUILHERMEADAMI e ganhe 20% de desconto em todos os produtos! O código PACGUILHERMEADAMI é oficial, confiável e pode ser usado diretamente no site da marca para aplicar um desconto automático no seu carrinho. Como usar o cupom DUX: Por que aproveitar o cupom PACGUILHERMEADAMI: Se você busca um cupom DUX confiável para economizar sem abrir mão da qualidade, essa é sua melhor opção. Aproveite agora e garanta seus suplementos com preço reduzido!